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NORMAN FOSTER: "VIVEMOS EM MUNDO QUE É FÍSICO [...]. ESSA FISICALIDADE NÃO PODE SER REPLICADA PELA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL"

Norman Foster, renomado arquiteto e vencedor do Prêmio Pritzker, expressou sua crença de que a inteligência artificial (IA) ainda não é necessária na arquitetura. Reconhecido por sua contribuição ao movimento "high tech" na arquitetura, Foster, responsável por projetos como a Millenial Bridge e o Apple Park, surpreendeu ao questionar o uso da inteligência artificial generativa em sua área de atuação.

Em uma entrevista à AFP, Foster argumentou que, atualmente, a inteligência artificial tem capacidade apenas para "enganar", pois não pode replicar a fisicalidade do mundo em que vivemos, composto por edifícios, ruas e praças. Ele, criador do icônico prédio londrino Gherkin, enfatizou a importância da criatividade e de elementos fundamentais, como a luz, que continuam sendo essenciais para os arquitetos.

Foster, um dos pioneiros da arquitetura "high tech", caracterizada pela adoção de novas tecnologias e materiais como alumínio, aço e vidro, destacou que a transparência é frequentemente usada para realçar a estrutura e a função dos edifícios desse estilo.

Apesar de suas reservas em relação à inteligência artificial na arquitetura, Foster acredita firmemente no futuro urbano. Ele enxerga as cidades tecnológicas como inevitáveis e defende ideias controversas sobre sustentabilidade, visualizando cidades mais limpas, verdes, seguras e prazerosas. Na sua visão, os edifícios se tornarão cada vez mais multifuncionais, proporcionando maior mobilidade e flexibilidade aos usuários. Embora a IA possa ter um papel na produtividade, Foster destaca que a criatividade e a interação com a natureza continuam sendo elementos indispensáveis na arquitetura.

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