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SINAP-SE CRIATIVA: NEUROARQUITETURA ALÉM DO ÓBVIO.

Por Jessica Carbone (Arquiteta e Urbanista)



Jessica Carbone é consultora de neurociências para empresas, mestre em neurociência e especialista em comportamento humano, com atuação profissional em países como Suíça, Alemanha, França e Itália. Também é certificada em branding e comportamento do consumidor pela Cornell University, em NY. Leia a bio completa no final deste artigo.
Jessica Carbone é consultora de neurociências para empresas, mestre em neurociência e especialista em comportamento humano, com atuação profissional em países como Suíça, Alemanha, França e Itália. Também é certificada em branding e comportamento do consumidor pela Cornell University, em NY. Leia a bio completa no final deste artigo.

Criatividade ou fórmula pronta?

A criatividade, especialmente na arquitetura, não pode ser uma linha de montagem. No entanto, estamos cercados por um mar de tendências genéricas, projetos “inovadores” que se repetem, e um imediatismo que empobrece o pensamento. Será que estamos mesmo criando ou apenas remixando o que já foi mastigado?


Minha jornada: do choque cultural ao olhar expandido

Em 2010, cheguei à Suíça para trabalhar com arquitetura sustentável e personalização. Eu não falava alemão, mas precisava projetar nele. Meu dia era um jogo de idiomas: espanhol com minha chefe mexicana, inglês com o marido dela, alemão nos projetos. E sem tradutores automáticos para salvar a pátria.


O desafio não era só linguístico. Para criar algo verdadeiramente personalizado, era preciso capturar a cultura e a história de quem ocuparia o espaço. Cores, materiais e experiências vinham da escuta, não de tendências do Pinterest.


Morar em diversos países virou uma provocação constante. Aprendi a construção limpa e rápida da Suíça, a precisão da Alemanha, a sensibilidade na comunicação brasileira e agora, em NY, vejo um mundo de possibilidades. Cada lugar me ensinou a olhar além do que está dado.


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O mercado saturou – e a culpa é do Imediatismo

Hoje, somos bombardeados por especialistas de tudo e de nada, com conteúdos tão profundos quanto uma xícara de expresso. A busca por referência virou um scroll infinito de imagens prontas, e não um mergulho na essência do projeto.


Se quisermos criar algo novo, precisamos sair da bolha. Arquitetura não se alimenta só de arquitetura. Poesia, música, biologia, escotismo — tudo pode expandir o olhar. Cada cliente é único. Cada marca tem sua essência. Cada projeto deveria refletir isso, e não uma versão recortada de referências enlatadas.


O desafio da neuroarquitetura não é apenas projetar espaços bonitos, mas criar experiências autênticas.

O cérebro criativo: como sair do padrão?

Neurocientificamente, a criatividade é um jogo entre conhecimento prévio e novas conexões. Quanto mais diverso for seu repertório, mais seu cérebro conseguirá conectar ideias inusitadas. Isso significa que para projetar melhor, você precisa viver melhor.

●     Desafie sua rotina: Experimente atividades fora da sua zona de conforto.

●     Evite referências fáceis: Substitua horas no Instagram por um bom livro, um passeio ou uma conversa fora do circuito habitual.

●     Escute ativamente: A melhor inspiração está no cliente, não no que está em alta.

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Conclusão – arquitetura que marca é arquitetura que sente

Criatividade exige paciência, repertório e coragem para fugir do óbvio.

O desafio da neuroarquitetura não é apenas projetar espaços bonitos, mas criar experiências autênticas. E isso começa com a forma como treinamos nosso olhar.


Se você quer sair da mesmice, saia da bolha. Seu cérebro – e seus projetos – agradecem.

Se você gosta de ser provocado e prefere criar suas próprias respostas em vez de seguir o caminho fácil do copy-paste, te convido a me acompanhar nas redes sociais.

Por lá, o conteúdo aparece “volta e meia”, quando a inspiração vem — sem fórmulas prontas, sem terceirizar minha voz. O que compartilho é o que realmente acredito, sem seguir tendências passageiras.


Se isso ressoa com você, nos vemos por lá também!

 

Nossa colunista: Jessica Carbone é consultora de neurociências para empresas, mestre em neurociência e especialista em comportamento humano. Com mais de 14 anos de experiência na Europa – incluindo Suíça, Alemanha, França e Itália – além de atuações no Brasil e, mais recentemente, nos EUA, onde está há seis meses, é certificada em branding e comportamento do consumidor pela Cornell University, em NY.


Diferente dos padrões repetitivos do mercado, Jessica traduz a neurociência de forma prática e provocativa, desafiando a superficialidade das tendências instantâneas. Seu trabalho une ciência e sensibilidade para transformar espaços e mentes.


Quer sair do óbvio? Acompanhe seus insights e reflexões sobre neurociência, criatividade e comportamento. Instagram : @a.jessicacarbone

2 Comments


Acho que é excelente esse tipo de arquitetura

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Obrigada Andrea pela participação aqui nos comentários! Realmente aprofundar em alguma área de conhecimento nos traz um grande diferencial na entrega e experiência do espaço…

Podemos ver isso por exemplo em visitações a museus, você pode ir e explorar por si só, mas quando um guia te orienta é conta “os porquês” a experiência se torna ainda mais enriquecedora! Na exploração dos espaços construídos não poderia ser diferente… planejar por praticidade/budget, projetar com embasamento científico com objetivos determinados. 😉 um abraço!

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