(1ª parte) ARQUITETURA DA CONEXÃO: NEUROURBANISMO NO PLANEJAMENTO DE CIDADES BRINCANTES E AS RELAÇÕES AFETIVAS
- Raquel Daroda
- 1 de jul.
- 11 min de leitura
Atualizado: há 57 minutos
Por Arquiteta e Dra. Raquel Daroda

O neurourbanismo, uma abordagem que conecta os campos da neurociência, urbanismo e arquitetura, busca compreender como os espaços urbanos afetam o comportamento humano. Com o foco direcionado para como, especialmente como as crianças, interagem e se desenvolvem no ambiente urbano, este artigo explora como o enfoque na arquitetura sensorial pode ser aplicado ao planejamento de cidades e ações de design urbano voltadas para a infância, promovendo um ambiente que estimule a criatividade, a ludicidade e o aprendizado por meio da experiência sensorial. Será possível a construção de espaços urbanos que promovam expressão emocional e relações parentais saudáveis? A Arquitetura sensorial valoriza os estímulos sensoriais – táteis, olfativos, visuais, auditivos, e até mesmo cinestésicos – para criar espaços que promovam interações significativas e dinâmicas com o ambiente. No contexto das cidades, o artigo propõe examinar o papel do mobiliário urbano, do paisagismo e das praças lúdicas na promoção de espaços que vão além da funcionalidade e da estética tradicional, criando microuniversos educativos e interativos capazes de dialogar diretamente com as particularidades da infância.
O artigo, embasado teoricamente por estudos em neurociência urbana, arquitetura sensorial e psicologia do desenvolvimento infantil, visa oferecer um panorama interdisciplinar para o desenvolvimento de políticas públicas urbanas e projetos arquitetônicos que considerem a infância como ator central no planejamento urbano. Argumenta-se que cidades sensíveis à infância não apenas favorecem o crescimento saudável das novas gerações, mas também promovem uma sociedade mais criativa, inclusiva e conectada às emoções humanas. Como é possível impulsionar o entendimento de como o design urbano e as práticas arquitetônicas podem transformar a experiência das crianças nos espaços urbanos, estabelecendo uma conexão sensível entre o ambiente construído e seu potencial formador, de forma a criar cidades que realmente abraçam e dialogam com o público infantil?
1. Neurourbanismo e Infância – Um Olhar Interdisciplinar sobre as Cidades
Como o neurourbanismo conecta as influências do ambiente urbano com os processos neuronais, emocionais e comportamentais humanos, destacando o impacto de experiências vividas nas cidades no comportamento e no desenvolvimento infantil? Segundo Michael Batty (2013), em The New Science of Cities, os sistemas urbanos são ecossistemas vivos e dinâmicos que afetam a forma como nos comportamos em sociedade, especialmente durante os anos formativos da infância. As crianças, por estarem em um estágio crítico de desenvolvimento cognitivo, emocional e motor, são significativamente mais sensíveis ao entorno urbano. Segundo Kevin Lynch (1977), em The Image of the City, a percepção do espaço pela criança é formada por marcos, caminhos e nós, mas essas estruturas não são vividas apenas como objetos ou trajetos: são experiênciadas emocionalmente e sensorialmente, tornando o espaço urbano tanto um instrumento tanto de aprendizado quanto de formação afetiva.
No contexto contemporâneo, cidades projetadas para carros e fluxos de mobilidade acelerados frequentemente marginalizam experiências presenciais, sensoriais e interativas. Autores como Suzanne Crowhurst Lennard (2020) enfatizam a necessidade de repensar o planejamento a partir de "espaços públicos ricos", que promovam a interação social e possibilitem que crianças construam relações significativas com seu entorno. Além disso, este debate levanta a importância de inserir a criança como sujeito ativo no planejamento urbano, reforçando que os espaços não devem ser impostos a elas, mas, ao contrário, guiados por suas necessidades naturais de descoberta, criatividade e segurança. Espaços sensorialmente ricos favorecem o desenvolvimento infantil, estimulando áreas cerebrais cruciais durante os primeiros anos de vida. Suzanne Crowhurst Lennard (2020) defende que localidades que privilegiam a integração da infância criam redes emocionais e sociais mais fortalecidas. De forma similar, estudos de Roger Hart (1979) mostram que a brincadeira em espaços urbanos públicos constrói habilidades motoras, sociais e cognitivas, enquanto fortalece um senso de independência e pertencimento ao entorno.
Segundo o neurourbanismo, o ambiente físico influencia diretamente os sistemas neurológicos associados à emoção, atenção e memória. Arash Salardini et al. (2023) destacam que áreas urbanas densas, ricas em estímulos, podem tanto contribuir para um desenvolvimento saudável quanto representar estímulos potencialmente estressantes. Esse impacto é mais significativo durante a infância, um período crítico de neuroplasticidade, quando o cérebro ainda está em formação e altamente suscetível a estímulos externos (Kolb & Gibb, 2011).
Clique nos logos e saiba mais sobre os nossos parceiros:
No contexto do neurourbanismo, destacam-se os seguintes benefícios associados a ambientes urbanos infantis bem projetados:
Estimulação Cognitiva: Espaços que incentivam a exploração e a curiosidade, como áreas sensoriais ou interativas, ativam o hipocampo, essencial para memória e aprendizado.
Regulação Emocional: Ambientes tranquilos e verdes têm efeito direto na redução de níveis de cortisol (hormônio do estresse), promovendo a calma e a autoregulação emocional.
Socialização Positiva: Espaços que conectam crianças a outras – e a adultos – promovem o desenvolvimento social, essencial para funções executivas como empatia e colaboração.
Desenvolvimento Motor: Elementos dinâmicos, como escalar ou correr em superfícies variadas, favorecem a coordenação motora e capacidade física.
Esses fatores reforçam a tese de que o ambiente urbano vai além da funcionalidade física, influenciando sistemas psicológicos e biológicos essenciais. No entanto, muitos projetos urbanos reproduzem no ambiente habitado as demandas do mundo adulto, priorizando:
Fluxo de veículos em detrimento do fluxo de pessoas.
Espaços estáticos que inibem movimento e interação espontânea.
Separação rígida entre "áreas recreativas" e "áreas residenciais/comerciais".
Consequentemente, as crianças ficam restritas a espaços cercados e pouco estimulantes, muitas vezes desconectados do restante da cidade. Isso compromete a autonomia infantil, ao impedir que crianças explorem seus arredores ou sintam que pertencem a um ambiente compartilhado. Estudos de Tim Gill (2021) em Urban Playground apontam que o movimento restritivo atual, ao limitar o acesso das crianças a locais públicos projetados para adultos, priva as próximas gerações de experiências que fomentam independência, imaginação e resiliência. Em resposta a isso, o planejamento em neurourbanismo sob a perspectiva da infância, defende a reintegração das crianças ao cotidiano urbano – trazendo as infâncias para o centro do planejamento.
Para contrapor tais falhas, o neurourbanismo propõe uma visão ética e interdisciplinar que reconhece a infância como um período de formação essencial, exigindo ambientes capazes de estimular interações significativas e saudáveis. Políticas públicas devem ser orientadas para criar cidades onde o aprendizado, a liberdade criativa e a inclusão sejam valores centrais.
Entre as propostas destacam-se:
Micro rede de "cidades na escala da criança": Pequenos percursos urbanos que incorporem segurança e elementos interativos no trajeto de crianças, como mosaicos, texturas no chão ou jogos educativos integrados.
Participação da infância no planejamento urbano: Cocriação ativa, ouvindo as crianças em processos projetuais baseados em consultas práticas.
Ruas compartilhadas: Projetos que minimizam o perigo do tráfego pesado e encorajam a convivência lúdica.
Por fim, construções teóricas a partir de Henri Lefebvre (1974) servem como base para entender o espaço urbano como uma construção social que reflete ou desmembra as relações humanas. Lefebvre diz que "o espaço é produzido", sugerindo que a criança – ao contrário do adulto que revisita o espaço imposicionalmente – o produz com brincadeiras, explorações e imaginação. Assim, a presença lúdica infantil ressignifica espaços urbanos, tornando-os mais vivos e significativos. Clique nos logos e saiba mais sobre os nossos parceiros:
Colin Ellard (2015), referência no campo da neurociência, estuda como a configuração urbana impacta a experiência psicológica dos usuários. Ele demonstra que bairros com abundância de áreas verdes, baixa poluição e facilidade de deslocamentos seguros promovem sensação de pertencimento e engajamento emocional.
O ambiente pode gerar estímulos positivos quando oferece oportunidades de aprendizado, interação social, diversão e liberdade. Portanto, a combinação de neuroarquitetura e neurourbanismo propõe que o planejamento dos espaços urbanos deve considerar, conscientemente, os efeitos fisiológicos e psicológicos sobre o cérebro em desenvolvimento, aqui pensando sob a perspectiva da infância.
2 - Planejamento Urbano amigável para a primeira infância
Incorporar a primeira infância no planejamento urbano requer, além do interesse pela pauta, políticas integradas e intersetoriais. Se pensarmos em “cidades amigáveis para as crianças”, segundo a UNICEF e o Instituto Alana, estamos tratando da garantia dos direitos desde o acesso à moradia, mobilidade ativa, até espaços de lazer e convivência.
Sob a perspectiva do neurourbanismo, pensando na relação entre cidade e infância, podemos destacar algumas diretrizes capazes de favorecer a construção desse vínculo entre a experiência das crianças e os espaços públicos das cidades:
Espaços verdes e de brincar promovem habilidades cognitivas e regulação emocional.
A mobilidade ativa e independente, através de ruas calmas, ciclovias protegidas e calçadas largas, estimulam a interação com o espaço e a autonomia.
A proximidade de serviços essenciais como creches, escolas e praças, reduzem o tempo de deslocamento fortalecendo vínculos familiares e sociais e estimulando formas sustentáveis de mobilidade.
A participação infantil no planejamento urbano é parte fundamental do processo; a escuta ativa das crianças e atividades com metodologias específicas possibilitam a participação das crianças na construção de espaços urbanos mais amigáveis para a infância.
Estratégias que explorem a experiência sensorial através de estímulos ricos em cores, formas, sons e aromas, promovem aprendizagens diversas e contribuem para o desenvolvimento integral da criança.
Francesco Tonucci, com “La Città dei Bambini”, defende que crianças sejam ouvidas nas decisões de planejamento urbano, em atividades lúdicas especialmente pensadas para captar suas percepções e necessidades. Isso agrega criatividade, autenticidade e um olhar sensível aos projetos. Planejar cidades sob o olhar infantil é construir ambientes urbanos que respeitem necessidades de cuidado, interatividade através do lúdico e a cidadania e cuidado com o meio ambiente desde cedo.
Clique nos logos e saiba mais sobre os nossos parceiros:
1. Ferramentas de Estímulo Sensorial
O design de mobiliário urbano – frequentemente subestimado – pode funcionar como articulador de experiências lúdicas e sensoriais, promovendo estímulos essenciais ao desenvolvimento infantil. Dan Brown (2009), em Communicative Urban Spaces, argumenta que o mobiliário urbano, quando projetado para interatividade, gera oportunidades para que as pessoas construam uma relação significativa com o espaço. Para crianças, bancos, balanços, escorregadores e outros equipamentos podem transcender a funcionalidade e atuar como veículos de descoberta sensorial e socialização. Essa ideia se conecta ao conceito de "playful design" explorado por Kristine Woolsey (1993), que defende que o design urbano deve encorajar brincadeiras espontâneas, exploração e surpresa.
Além disso, materiais e superfícies também estimulam os sentidos:
Tato: Uso de texturas variadas (madeira áspera, metais lisos ou tecidos rugosos).
Visão: Cores vibrantes e contrastantes que despertam a atenção.
Audição: Elementos como tubos sonoros, sinos e áreas que ecoam sons da criança.
Movimento: Estruturas que possibilitam escalada, rotação ou mobilidade, promovendo o desenvolvimento motor.
Por esse prisma, o mobiliário urbano pode ser projetado em diálogo com a neurociência, proporcionando experiências memoráveis enquanto enriquece o desenvolvimento cognitivo e social.
O paisagismo, enquanto ferramenta de estímulo sensorial, também pode transformar espaços urbanos em ambientes que conectam crianças com a natureza de forma orgânica, imersiva e educativa. Timothy Beatley (2011), em Biophilic Cities, afirma que a presença de elementos naturais no cotidiano melhora o bem-estar psicológico, reduz níveis de estresse e promove um desenvolvimento cognitivo robusto. Jardins sensoriais são exemplos de paisagismo educativo.
Eles podem incluir:
Plantas com texturas diferenciadas (suculentas, gramíneas).
Vegetação que estimula o olfato (flores aromáticas como lavanda e hortelã).
Elementos auditivos, como árvores com folhagens que sussurram ao vento ou estruturas com água corrente.
Além disso, o paisagismo sensorial pode ser combinado a atividades guiadas, como hortas urbanas para crianças ou trilhas educativas onde seja possível aprender sobre insetos, ecossistemas e ciclos naturais. Rachel Carson (1965) argumenta que, para as crianças, o contato direto e regular com a natureza gera um "sentido de maravilha", fomentando a curiosidade científica e emocional.
2. Paisagismo Sensorial como Ferramenta Educativa e a Importância do Contato com a Natureza na Primeira Infância
O paisagismo sensorial, enquanto abordagem interdisciplinar de planejamento urbano, transcende a função estética ao integrar elementos naturais que despertam os sentidos, proporcionando às crianças experiências lúdicas, educativas e transformadoras. Para a primeira infância – crucial ao desenvolvimento cognitivo, emocional, motor e social, o contato direto com a natureza exerce um papel formativo incomparável. Nesse contexto, as praças e a natureza urbana se tornam ferramentas pedagógicas essenciais, capazes de fomentar uma conexão profunda entre infância e natureza, promovendo não apenas benefícios imediatos ao bem-estar das crianças, mas também despertando atitudes de cuidado e sustentabilidade a longo prazo.
A partir do conceito de cidade educadora, é possível pensar caminhos para explorar o território de praças e parques para que possam explorar os sentidos e estimular as crianças a interagir com o mundo natural de maneira consciente e criativa. Essa interação inclui não apenas vivenciar a natureza, mas aprender sobre ela de maneira tangível, direta e experiencial:
Plantas aromáticas e comestíveis (como hortelã, lavanda e manjericão) que ensinam as crianças a identificar cheiros, sabores e usos práticos.
Espécies diversas de flora nativa que promovem conceitos de biodiversidade e preservação ambiental.
Sistemas de cultivo, como hortas e estufas, que incentivam o aprendizado sobre ciclos de vida, nutrição, sustentabilidade e o respeito pelos alimentos.
Visão: Flores de cores vibrantes em combinações significativas e impactantes esteticamente.
Toque: Elementos como musgo, pedras lisas, galhos e folhas com diferentes texturas.
Audição: Sons da natureza (movimento do vento sobre a folhagem, murmúrios da água corrente, chilrear de pássaros).
Paladar: Frutas de árvores comunitárias e hortas onde as crianças aprendem a plantar, cuidar e consumir alimentos.
Olfato: Flores e ervas aromáticas que despertam curiosidade e conexão com a natureza.
Contato direto com o mundo microbiótico, como insetos, minhocas, formigas e microssistemas terrestres ou aquáticos, possibilitando aprendizados sobre ecossistemas.
Quando uma criança vivencia através da experiência, ela não apenas desenvolve habilidades físicas e práticas, mas absorve lições valiosas de paciência, resiliência, colaboração e responsabilidade. Segundo Maria Montessori (1912), o aprendizado pela experiência concreta – como tocar a terra ou observar a transformação de uma planta – favorece tanto a aprendizagem temporal quanto o desenvolvimento emocional, criando vínculos profundos entre o indivíduo e seu ambiente. (Esta é a primeira parte deste artigo. A segunda parte você acompanha na semana que vem, aqui no site da Rádio Arquitetura)
Clique nos logos e saiba mais sobre os nossos parceiros:
Referências BATTY, Michael. The New Science of Cities. Cambridge: The MIT Press, 2013.
BEATLEY, Timothy. Biophilic Cities: Integrating Nature into Urban Design and Planning. Washington: Island Press, 2011.
CAPRA, Fritjof. The Web of Life: A New Scientific Understanding of Living Systems. Nova York: Anchor Books, 1996.
CARSON, Rachel. The Sense of Wonder. Nova York: Harper & Row, 1965.
CROWHURST LENNARD, Suzanne. The Genius of Play: Celebrating the Spirit of Childhood in Urban Places. Carmel: International Making Cities Livable, 2020.
HART, Roger. Children’s Experience of Place. Nova York: Irvington, 1979.
KOLB, Bryan; GIBB, Robbin. Brain Plasticity and Behavior in the Developing Brain. Journal of the Canadian Academy of Child and Adolescent Psychiatry, v. 20, n. 4, p. 265–276, 2011.
KUO, Ming. How Might Contact with Nature Promote Human Health? Frontiers in Psychology, v. 6, 2015. Disponível em: www.frontiersin.org. Acesso em: 21 jun. 2025.
LEFEBVRE, Henri. The Production of Space. Oxford: Blackwell, 1974.
LOUV, Richard. Last Child in the Woods: Saving Our Children from Nature-Deficit Disorder. Chapel Hill: Algonquin Books of Chapel Hill, 2005.
LYNCH, Kevin. The Image of the City. Cambridge: The MIT Press, 1977.
MONTESSORI, Maria. The Montessori Method. Cambridge: Harvard University Press, 1912.
SALARDINI, Arash et al. Urban Brain: How the City Shapes Our Behavior and Mental Health. Journal of Urban Studies, v. 60, n. 4, p. 512–530, 2023.
WOOLSEY, Kristine. Playful Design: Creating Spaces for Exploration and Learning. Nova York: HarperCollins, 1993.
Nossa colunista:
Raquel Daroda é Arquiteta e Urbanista, Mestre e Doutora em Planejamento Urbano e Regional (UFRGS), Especialista em Iluminação e Design de Interiores, Especialista Docência e Metodologias para o Ensino Superior (IPOG).
Docente convidada onde ministra aulas de pós-graduação nos cursos Master em Neuroarquitetura e Master em Arquitetura Comercial (IPOG).
Criadora da plataforma Cidade Mini Alegre @cidademinialegre - iniciativa que tem diversos projetos e metodologias inovadoras com o objetivo de construir um novo olhar para a relação entre a Cidade e a Infância.
Docente do Curso de Arquitetura e Urbanismo no Centro Universitário Ritter dos Reis – UniRitter campus Porto Alegre e Canoas (RS), onde também coordena a Extensão Universitária do curso.
Supervisora do Escritório Modelo de Arquitetura e Urbanismo (EMAU-UniRitter) e Coordenadora do Curso de Arquitetura e Urbanismo no campus Canoas.
Pesquisadora com foco nas áreas de neuroarquitetura, neurourbanismo, cidade e infância, políticas públicas para a primeira infância, tecnologia e espaços públicos e cidade educadora - reconhece que o desenvolvimento de metodologias inovadoras pode contribuir para a construção de um mundo melhor para todos. Instagram : @raqueldaroda_arquitetura
Comments